quarta-feira, 12 de julho de 2017

Reino de Deus - O que é?


Na Bíblia, quando se fala em “um REINO”, está se falando de “um GOVERNO”. 
Os judeus sempre entenderam assim. 
Quando Jesus lhes falava no "Reino dos Céus, ou no Reino de Deus" (Mateus 10:7,8), eles sabiam que lhes falava de um GOVERNO, semelhante ao reino que já haviam tido, nos dias de Salomão. 

Salomão foi o PRIMEIRO rei "filho de Davi" e, durante o seu governo, Israel era considerado como o "Reino de Deus", na Terra, pois todos viviam com PAZ e fartura, “debaixo de suas videiras e figueiras”, conforme diz 1 Reis 4:25 (compare com Miqueias 4:4 e Zacarias 3:10). 
Depois da divisão de Israel, o reino de Judá, que era dirigido pelos "filhos de Davi", foi destruído por Nabucodonosor II, por volta de 600 a.C. 
Porém os judeus sabiam que, no FUTURO, viria outro rei "filho de Davi" e lhes RESTAURARIA o reino. 

“RESTAURAR” algo significa que, aquilo que fosse “restaurado”, READQUIRISSE as condições que tinha antes, para que funcionasse NOVAMENTE.
Só se pode RESTAURAR algo que já tenha existido anteriormente.

Foi por isso que os apóstolos perguntaram para Jesus, SE era naquele tempo que ele "RESTAURARIA o reino para Israel" (Atos 1:6). 
Como Cristo também era um "filho de Davi" (Mateus 12:23), PENSARAM que ele recuperaria o reino para Israel e que, depois, VOLTARIAM a ter aquela glória que tiveram nos dias de Salomão, quando eram o povo que mais se destacava na Terra. 

Assim, quando Jesus disse que "o (seu) reino NÃO é deste mundo" (João 18:36), quis dizer que NÃO tinha nada a ver com a administração dos "GOVERNOS deste mundo", pois o seu REINO era outro, que só seria implantado no futuro, QUANDO ele "voltasse" (João 14:18,19 - Mateus 6:9,10 e 24:3-14,29-31 – Lucas 21:24-28 - Marcos 13:32). 

Jesus sabia que a AUTORIDADE dos "reinos deste mundo" é OUTRA, ou é daquele que havia lhe OFERECIDO "todos os reinos do mundo” (Lucas 4:5,6 – 2 Coríntios 4:4). 
Ele só poderia tê-los "oferecido" a Jesus, se fosse o "DONO" deles. 
Jesus reconheceu a autoridade desse opositor de Deus. 
Disse claramente que ele era o “PRÍNCIPE (ou o governante) deste mundo” (João 12:31). 
Foi por isso que Jesus RECUSOU quando lhe ofereceram o cargo de REI (João 6:15). 
Ele sabia que o mundo dos seus dias já tinha OUTRA autoridade (1 João 5:19), mas disse que "NÃO tinha nada a ver com ele" (João 14:30). 

Essa RECUSA de uma participação na administração, ou na POLÍTICA do mundo, deveria servir de EXEMPLO aos seguidores de Cristo, pois SE Jesus não participou de cargos políticos (como o de Rei), os cristãos deveriam seguir o seu EXEMPLO e, por isso, se Jesus não participou, NÃO poderiam participar na Política também (1 Pedro 2:21). 
O próprio Jesus falou que tanto ele como seus seguidores “NÃO eram deste mundo”, como diz João 18:36 e 17:14-22. 

NÃO eram deste mundo, por que seriam “cidadãos do Reino de Deus”, ou cidadãos de OUTRO mundo, que viria no futuro (Mateus 19:28). 

Por serem cidadãos de outro Reino (ou de outro Governo), teriam de viver como ESTRANGEIROS (ou como forasteiros ou como residentes temporários) na Terra, pois seriam como se fossem de OUTRA nação, ou de OUTRO país, como o apóstolo falou em 1 Pedro 2:11-17. 
Um estrangeiro pode "trabalhar, estudar e se divertir, etc.", no país onde vive, MAS não pode participar em suas GUERRAS nem nas suas POLÍTICAS (ou nas administrações de seus governos). 

Portanto, quando Jesus disse "meu reino NÃO é deste mundo" (João 18:36), quis dizer que tanto ele como seus seguidores NÃO deveriam se envolver com os negócios dos governos políticos "deste mundo", pois os cristãos seriam cidadãos de OUTRO reino (ou governo), que é o Reino de Deus, que, ao que PARECE, será implantado aqui na Terra em breve, nos NOSSOS DIAS (Mateus 24:42 – Lucas 21:24-28 – Apocalipse 11:18). 

MAS por que Jesus veio na primeira vez? 
Jesus veio para dar a sua vida carnal em sacrifício (Mateus 20:28 – 1 Timóteo 2:5,6), em troca da vida de Adão (Romanos 5:12-19), mas veio também para MOSTRAR como seriam as coisas no Reino de Deus. 

A Bíblia diz que aquelas coisas antigas aconteciam como “figuras”, ou como SEMELHANÇAS, do que iria acontecer no FUTURO (1 Coríntios 10:11 – Romanos 15:4). 

Assim, TUDO aquilo que ele e seus apóstolos fizeram, como esclarecimentos, alimentações (Lucas 9:12-17), CURAS (Mateus 15:30), ressurreições (Mateus 10:7,8), etc., etc., seria REPETIDO, quando voltasse, mas na sua “volta” ainda seria melhor, pois todas aquelas coisas NÃO seriam feitas apenas em Israel e sim no MUNDO todo. 

Portanto, parece que o Reino de Deus, de qual a Bíblia fala, é o REINO (ou o governo) que Deus prometeu há muito tempo, que seria implantado na Terra, DEPOIS que Cristo voltasse. 
Cristo seria o REI no planeta todo, associado com seus apóstolos e discípulos (João 14:1-3 – Lucas 22:29,30), e REINARIAM desde os Céus sobre a Terra (Apocalipse 5:10). 
Seria um Reino que eliminaria e SUBSTITUIRIA todos os outros reinos humanos (Daniel 2:44), mas que NUNCA mais acabaria. 


Depois da “volta dele”, precisaria de alguns “ajustes” ainda, durante um certo tempinho (Apocalipse 20:2,3), para que TODOS pudessem ter uma “segunda chance”, por meio da ressurreição (João 5:28,29 e 11:24 – Atos 24:15 – Mateus 12:32) 
Após esses ajustes, já sob o comando de Cristo, teria um julgamento final (Hebreus 9:27). 
Depois, seriam só alegrias para os que fossem aprovados, pois “NÃO haveria mais morte nem clamor nem dor” (Apocalipse 21:1-4). 

A maioria dos sobreviventes estaria vivendo na “NOVA terra” (2 Pedro 3:13 – Mateus 5:5), onde tudo VOLTARIA a ser como Deus havia PROJETADO desde o início (Gênesis 1:28-31), com todos vivendo com muito AMOR, paz e harmonia, inclusive os animais (Isaías 11:8 – Miqueias 4:1-4). 

Parece que este é o “Reino de Deus”, de qual a Bíblia fala (João 8:32 e 17:3,17 - Atos 17:11 e 20:20).



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