sábado, 5 de setembro de 2015

Qual é a CRONOLOGIA certa?



James Ussher, arcebispo irlandês, que viveu de 1581 a 1656, fez uma CRONOLOGIA em que situou o nascimento, ou a CRIAÇÃO de Adão, em 4004 a.C.
Muitos cristãos seguem essa contagem do tempo.
MAS, para os judeus, a história é outra, pois eles ACHAM que Adão foi criado em 3760 a.C.

Só aí, há uma DIFERENÇA de 244 anos a menos, para a cronologia judaica.
Para se saber em que ANO estamos no Calendário judeu, PARTINDO do calendário gregoriano, basta acrescentar “3.760”.
Por exemplo, nosso ano de 2015 depois de Cristo, para os judeus é o ANO do mundo 5775 (ou 3760 da criação de Adão até Jesus e MAIS 2015 anos)

Mas depois de James Usher, foram feitas OUTRAS contagens do tempo,
Uma delas, que parece AJUSTAR-SE com todas as “datas” bíblicas, situa a CRIAÇÃO de Adão em 4026 a.C., ou em 4026 AEC (AEC significa Antes da Era Comum”).

Essa CRONOLOGIA, que situa Adão em 4026 a.C., mostra que os judeus contam 60 (sessenta) anos a MENOS, no nascimento de Abraão.
Eles dizem que Abraão NASCEU em 1948 AM (ou em 1948 Ano do Mundo, ou em 1948 “Depois de Adão”), mas só falam isso, por entenderem ERRADO um texto de Gênesis, onde ACHAM que Abraão nasceu, quando o seu pai tinha “setenta anos”.
Porém  Abraão nasceu quando seu pai tinha 130 anos.
Assim,  NÃO incluem essa DIFERENÇA de “sessenta anos” do nascimento de Abraão.
SE os incluísse, veriam que, na realidade, Abraão NASCEU em 2008 AM (ou 1948 + 60).

Essa cronologia que coloca a criação de Adão em 4026 a.C., define o ANO do Êxodo, como sendo em 1513 a.C. e define o ano da POSSE de Salomão em 1037 a.C.

Os historiadores seculares, ou não religiosos, sempre diziam que o “Êxodo” se deu nos anos  1200 ou 1300 a.C., mas agora estão REVENDO as suas conclusões e começando a defender a DATA dos anos 1500 para essa ocorrência.

Mais uma “data” em que a Bíblia tinha razão.
Já a “data” da posse de Salomão também é IMPORTANTE, pois a data da construção que ele fez, do Primeiro Templo, é relacionada com o Êxodo.



Veja mais em “Cronologia” e "Êxodo pela Arábia"  e "Ano 587 ou 607..."



Guerras justas de Israel?



Nos últimos dias de 2008, o mundo ficou (e continua) CHOCADO com o ataque de Israel na "faixa de Gaza". 
Muitos israelenses se apóiam no Velho Testamento para justificar a sua “posse” da terra em que vivem atualmente e, também, para “justificar a guerra ou as mortes que causam”. 
Alguns acham, até, que o Deus de Israel, nos escritos hebraicos, é um “Deus de guerra”.  
São relatados muitos casos de guerras e de outras mortes, com a participação de Deus. 
Portanto, por essa comparação (bem infeliz), se sentem justificados.

Mas Deus NÃO mudou.
Ele sempre foi o mesmo e foi pela PAZ, pois foi no tempo de Abraão, quando os judeus NÃO existiam ainda, que Deus avisou-o que um descendente carnal dele, seria a SALVAÇÃO de todos na humanidade (Gênesis 22:18).
Aquele "descendente" de Abraão revelou-se em Jesus Cristo, como Paulo disse, em Gálatas 3:28,29.

Assim, na "tomada da terra", foi permitido que se fizesse aquelas GUERRAS, pois elas foram o meio da execução que Deus faria sobre os "amorreus ou cananeus" (Gênesis 15:13-15).
Porém, NÃO seria sempre assim.
O próprio Moisés avisou-lhes que, no FUTURO, viria um OUTRO profeta, semelhante a ele, a quem os judeus teriam de ouvir (Deuteronômio 18:18,19).

Portanto, no futuro, quando viesse aquele NOVO profeta, que substituiria Moisés, seria diferente.
O apóstolo Pedro disse que aquele "novo profeta", a quem Moisés se referiu, CUMPRIU-SE em Jesus (Atos 3:22,23).  

Os judeus sabiam, portanto, que as coisas mudariam. 
Porém, e se fossem avisados e NÃO entendessem? 
Justificaria que continuassem com a forma de adoração que tinham antes?  
O ponto principal, então, seria ENTENDER a mudança ocorrida.
Grosso modo, seria comparável aos sistemas de governos atuais. 
Se viviam num sistema Monarquista e, depois, passassem a viver num sistema Presidencialista, democrático, muitas coisas mudariam na condução de suas vidas.  
O que valeu antes, poderia não valer depois
Mudou o estilo de governo. 
Os direitos e deveres dos cidadãos continuariam, mas mudaria a forma de observá-los ou de segui-los.  É mais ou menos o que aconteceu em Israel.  

Já no exílio de Babilônia (mais ou menos 600 a.C.), Jeremias 31:31-33 diz que “... Deus faria um NOVO concerto... e que escreveria a Sua Lei no interior ou no coração dos israelitas  (a Lei não mais seria escrita no papel, como a de Moisés)”.  
Para quando seria isso? Quando tal mudança seria aplicada?
Os judeus tinham dificuldade de entender.

Tanto que Jesus veio, em carne e osso, fez a sua obra no meio deles e NÃO o reconheceram, exatamente como Isaías 6:9,10 havia previsto e como Mateus 13:13-15 mostra.  

Tão acostumados estavam com o seu modo de vida, que a maioria considerava “aprovado por Deus”, que não perceberam que as ALTERAÇÕES seriam aplicadas com a primeira vinda de Cristo.
NÃO entenderam aquela "primeira vinda" de Jesus e parece que continuam NÃO entendendo a sua "segunda vinda", ou a sua VOLTA (veja mais detalhes no "post" de  GOGUE..).

Depois da morte de Cristo, Hebreus 8:7-13 explica de um modo bem claro:
“SE aquele concerto ou pacto anterior (mediado por Moisés) tivesse dado certo, Deus não procuraria fazer um NOVO (mediado por Jesus)”. 
Não é evidente?  
SE o concerto anterior funcionasse, não se precisaria fazer um concerto novo.  
Então, como o pacto anterior não funcionou, seriam necessárias ALTERAÇÕES no trato entre Deus e Israel.  

Essas alterações foram introduzidas por Cristo.  
E Jesus foi bem claro, quando disse aos judeus:  
“Ouvistes o que foi dito: olho por olho e dente por dente. EU porém vos digo que não resistais ao mal... Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiará o teu inimigo. EU porém vos digo: Amai a vossos inimigos... fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam... sede perfeitos como vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:38-48).  
Assim, Jesus citou o Deus de Israel, que continuava “no céu”.  
Jesus disse que “apenas repetia o que tinha ouvido Dele” (João 8:26-28). 

Parece claro, portanto, que a adoração a Deus que os judeus tinham se UNIFICARIA com os ensinos deixados por Cristo (Gálatas 3:28,29 - Atos 15:14).  

A partir de Jesus, a adoração a Deus seria feita do mesmo modo, para todas as nações (Atos 10:34,35 - Gálatas 3:28,29).  
Não há como se justificar uma ação de guerra, usando-se apenas o Velho Testamento. 
Ela NÃO se justificaria pelo Novo Testamento.  
As duas partes estão relacionadas e se completam.  

Tanto que o apóstolo Paulo, que antes de se converter entendia e seguia corretamente a “Lei de Moisés” (Filipenses 3:4-8) e que, como fariseu, chegou a “participar na morte dos primitivos cristãos” (Atos 8:1), deixou bem claro, depois que se tornou cristão, que uma morte ou uma guerra carnal “NÃO se justificava mais” (2 Coríntios 10:3-6).
Até a sua conversão, Paulo tinha usado, apenas, o Velho Testamento. 
O "novo" ainda estava sendo escrito. 
Mas os apóstolos e discípulos viram que, a partir de Cristo, de acordo com o que eles próprios ensinavam, as atitudes cristãs seriam outras. Assim, se reuniram e determinaram como seria feita a adoração a Deus, dali para a frente (Atos 15:23-28).  

O apóstolo Paulo, por exemplo, por usar apenas o Velho Testamento, chegou a participar da morte de Estevão. 
No entanto, NUNCA teria feito isso se já tivesse a genuína fé cristã (Mateus 5:38-48).
Portanto, depois de verificar a besteira que havia feito, ele sabia que, para seguirem a Deus corretamente, os cristãos NÃO poderiam usar, apenas, os escritos hebraicos, mas teriam de usá-los em CONJUNTO com os escritos gregos, que os apóstolos e discípulos, inclusive ele, estavam escrevendo naquela época e que, no futuro, seriam incluídos na Bíblia (2 Pedro 3:15,16).

Ele fez questão de dizer: "TODA a Escritura é proveitosa para ensinar e corrigir..." (2 Timóteo 3:16) 
Não há como se escapar disso.  
Toda a Escritura” engloba tanto os escritos hebraicos como os escritos gregos.  
Numa Bíblia completa, reunindo os dois “testamentos”, NÃO há como justificar uma matança. 
Nem do lado de Israel nem do lado da Palestina (e de nenhum outro lado).


Créditos:

REGISTROS das nações.



Os registros egípcios NÃO eram lá essas coisas.
Por exemplo, o Faraó Ramsés II era considerado um grande construtor.
Depois, descobriu-se que ele, apesar de ter construído algumas coisas, alterou registros, incluindo obras de outros como se fossem suas.

E isso não ocorreu somente com ele.
Outros faraós também fizeram a mesma coisa. 
Tutmés III, quando subiu ao trono, APAGOU tudo que dizia respeito à sua madrasta, Hatchepsut, que governara antes dele.

Já com a Bíblia NÃO ocorre isso.
O Rei Davi quis construir o primeiro Templo de Jerusalém, mas não o construiu.
Quem o construiu foi seu filho Salomão.
Contudo, NÃO se alterou a informação. 

Uns “noventa anos depois”, o Rei Onri (ou Amri), de Israel, construiu a sua capital Samaria. Depois, no tempo do seu filho e sucessor, ACABE, a cidade de Jericó foi reconstruída por Hiel.
Mais tarde, no Império Medo-Persa, o Templo de Salomão, que fora destruído por Nabucodonosor II, foi reconstruído parcialmente.
Pouco antes de Jesus aparecer, o Rei HERODES, o Grande, reformou e/ou completou esse “segundo (ou terceiro) Templo”.
E Herodes não era judeu, mas edomita (ou idumeu). 
Assim, a Bíblia mostra que, não importa se é construção ou reconstrução, feita por gente aprovada ou não no conceito de Deus, o CRÉDITO da obra é para quem a fez.

Uns 520 anos depois do Êxodo, o filho de Salomão, Roboão, que era o rei de Judá, foi invadido pelo Faraó Sisaque (ou Sesac ou Shishaq), que capturou muitas de suas cidades (fora da Bíblia, Sisaque é conhecido como Sheshonk).
Claro que foi uma grande VITÓRIA do Egito.
Será que a relataram? 
Foram achadas inscrições em Megido (Judá) e em Carnac (Egito), que comprovam essa vitória.
E a Bíblia, que mostrou a vitória no Êxodo, será que mostra, também, essa DERROTA?
Mostra, em II Crônicas 12:1-9.
E não mostra essa derrota, apenas, mas outras também, como a que causou a morte do bom Rei Josias, pelo Faraó Neco, etc. (II Reis 23:28-30 e II Crônicas 35:20-24).

Inscrição achada em Carnac mostra a VITÓRIA de Sisaque sobre Roboão

Diziam que NÃO havia registros de Israel, no Egito.
Mas, depois, quando acharam a “estela do Faraó Mernepta”, descobriram que nela CONSTA o nome de Israel (porém aí também mostra uma VITÓRIA dos egípcios).
Os “críticos” diziam que Mernepta seria o Faraó do Êxodo  (ou ele ou Ramsés II, que governaram entre os anos 1200 a 1300 a.C.).
HOJE, em 2015, já aceitam que o Êxodo se deu nos anos 1500 a.C., EXATAMENTE como a Bíblia diz (veja  o “post” Cronologia).

Estela de Mernepta, onde os retângulos escuros mostram o nome de Israel

Essa “estela”  mostra também que as inscrições egípcias NÃO eram feitas pelas “letras do ALFABETO” e sim com “hieróglifos” (ou com desenhos).
No tempo de Mernepta (de 1200 a 1300 a.C.) eles AINDA não usavam um alfabeto.
A escrita “demótica” egípcia, com letras, só começou a ser usada, dos anos 700 a.C. para cá (alguns dizem que foi de cerca de 400 a.C. para cá).
Portanto, os judeus já tinham e já usavam um ALFABETO muito antes dos egípcios (veja o “post” Gênesis – Moisés escreveu?).

Mas essa forma de REGISTRAR os seus feitos, só quando lhes favorecem, deixa bem claro por que os registros bíblicos são mais CONFIÁVEIS, pois seus escritores relatavam TUDO,  tanto os seus “prós como os contras”, tanto as suas vitórias como as suas derrotas.
Na CRONOLOGIA ou na contagem do tempo dos egípcios, também há muita diferença.
Dizem que cerca de 30 (trinta) dinastias de reis e/ou faraós governaram, em sequência, por um período de 3000 anos AEC.
Porém, pela cronologia bíblica, que é a mais confiável  de que dispomos, isso simplesmente é impossível, tendo em vista que os egípcios são descendentes de MIZRAIM (Gênesis 10:6,13), que foi um dos filhos de Cã (ou Cam), que foi filho de Noé. 
Sendo assim, Mizraim, sendo NETO de Noé, só teria nascido depois do Dilúvio, que a Bíblia indica ter acontecido no ano 2370 AEC. 

Portanto, o máximo de tempo que os governantes egípcios poderiam ter existido, um após o outro, seria do tempo de Misraim até o início da Era Comum (até hoje os egípcios chamam o seu país de “Mizr”, porque sabem que foram fundados por MIZRaim).
De forma que o tempo real da origem dos egípcios até o início da Era Cristã seria de uns 2.300 anos apenas.
Se houve, mesmo, essa linhagem de reis, muitos deles foram corregentes (ou governaram juntos). Dois ou mais deles governaram toda aquela nação ao mesmo tempo ou cada um deles governou uma parte da nação ao mesmo tempo.
Somente assim atingiriam os 3.000 anos.

Reinando ao mesmo tempo - Juízes

Até nessa parte, porém, a de alguns governarem juntos em um tempo que não se pode determinar, a não ser por informações fora daquele relato específico, a Bíblia leva vantagem.

Por exemplo, os JUÍZES julgaram a nação de Israel, depois de Josué até Saul, o primeiro rei.
Ao se contar o tempo de cada um deles, em sucessão, o total “não bate” com os cerca de 350 anos de Josué até Saul (de 1467 a 1117 AEC).
No período seguinte ao dos Juízes, que foi o período dos REIS de Judá e de Israel, também há uma diferença, referente aos reis de Judá, de 3 (três) anos.
Contando-se direto de Roboão (997 AEC) até Zedequias (607 AEC), dariam 390 anos. Todavia, contando-se “um a um”, de Roboão até Zedequias (ou Sedecias), a soma deles com todos os outros daria 393 anos.

Isso mostra que, nesses períodos, expresso ou não pela Bíblia, houve pelo menos uma  corregência.
Em algum tempo, na época dos Juízes, dois ou mais deles atuaram ao mesmo tempo.

E na época dos Reis, em algum tempo, pelo menos DOIS deles governaram no mesmo período. Nesse caso, para uma contagem geral, do início ao fim, deve-se considerar o tempo de um deles apenas. Se um governou seis anos junto com outro e treis anos sozinho, por exemplo, não se contaria 15 anos (6+6+3), mas somente 9 anos (6+3).

A Bíblia, com o CRUZAMENTO dos seus dados, dá mais certeza das coisas, pois se uma parte não dá todas as informações, outra parte as completa.

Quando não as completa, como no caso do período dos Juízes, contando-se os anos de cada um, ela mostra que a soma sucessiva levaria a um erro grosseiro.
Tanto que o Apóstolo Paulo, ao citar esse período, em ATOS 13:20, diz que “após Josué, deu-lhes Juízes, até Samuel, o profeta” (que ungira Saul como primeiro rei).
Nota-se que ele não levou em consideração, assim, os anos isolados de cada um deles.

Por outro lado, alguns confundem o texto acima, quando Paulo cita um período de “450 anos”.
Paulo esclarece que de Josué, 46 anos depois do Êxodo, na divisão da terra (ou em 1467), para trás, passaram-se 450 anos, que levariam ao tempo de Abraão (1917), quando Isaac tinha cerca de 1 (um) ano (1467 + 450 = 1917 AEC).
Já o tempo dos Juízes foi MENOR do que 450 anos, pois só foi de Josué para a frente, até o Rei Saul. Os Juízes duraram cerca de 350 anos (Veja o “post” Cronologia).

Portanto, mesmo num período CONFUSO, como os anos de cada juiz, a Bíblia permite o entendimento correto, com o cruzamento de outros dados.

Já a cronologia das nações, inclusive do Egito, não permite isso.
Baseados nela, ACHAM que o Êxodo se deu em 1300 AEC mais ou menos e que o faraó era Ramsés II. Outros dizem que era Mernepta (ou Merneptah).
Na realidade, ninguém sabe quem foi o Faraó do Êxodo e a Bíblia NÃO diz o seu nome.
Acham que os egípcios governaram, em sequência, por 3000 anos AEC, o que parece não ser possível.

Como sempre, ao PREFERIREM os dados das nações ao invés dos bíblicos, mesmo quando os das nações são contrários a toda seriedade, procuram negar que a Bíblia talvez seja, mesmo, “a palavra de Deus”, pois se lhe derem razão, reconhecendo a sua inspiração divina, teriam, mais cedo ou mais tarde, de reconhecer que a Bíblia parece mostrar uma sequência HISTÓRICA, desde o primeiro homem, que está relacionada com um propósito divino.

Como não querem aceitar isso, alguns críticos têm motivos para que a Bíblia não seja digna de crédito, pois se assim fosse não se poderia comprovar esse propósito de Deus.
A Bíblia não sendo digna de crédito e as pessoas não tendo sido feitas por um Criador, NINGUÉM teria de "prestar contas a ninguém". As pessoas seriam “donas dos seus próprios narizes” e fariam o que bem entendessem, sem nenhum freio nem responsabilidade.
Dessa forma, para alguns, é conveniente que Deus NÃO exista.
Assim, não precisariam prestar contas dos seus atos.
Daí o empenho, por vezes até doentio e irracional, em tentar desacreditar a Bíblia, de modo sutil ou não.

De Saul até Acabe
Do Êxodo até o INÍCIO da construção o primeiro Templo, pelo Rei Salomão, passaram-se 479 (quatrocentos e setenta e nove) anos e um pouco, pois a Bíblia diz que isso aconteceu no “480° ano” após a saída do Egito (1 Reis 6:1).
Por terem saído do Egito em 1513 AEC, essa construção começou em 1034 AEC (1513 menos 479).
Como esse era o “quarto ano do seu reinado”, Salomão começara a reinar 3 (três) anos e um pouco atrás. Assim, ele começou em 1037 AEC. 

Se Salomão começou em 1037, seu pai Davi começara quarenta anos atrás, ou em 1077, e o Rei Saul começara quarenta anos ANTES de Davi, ou em 1117 AEC.

Como já visto, o Faraó Sisaque (ou Shishaq na TEB), que ficou conhecido na História secular como Chechonque I (ou Sheshonk I), invadiu Judá, “no quinto ano de Roboão”, que seria quatro anos e pouco depois que ele se tornou rei.
Roboão, filho de Salomão, começou em 997 AEC, ou quarenta anos depois de seu pai. 
A invasão, feita por Sisaque, se deu então no ano 993 AEC (997 menos 4).
Werner Keller, na fls. 189 do seu livro, diz que essa invasão ocorreu em 922 AEC.

Por volta de 945 AEC, o Rei ONRI, de Israel, pai de Acabe, construiu a sua capital, Samaria.
Do início de Roboão, rei de Judá, até a morte do Rei Acabe, de Israel, passaram-se cerca de 77 (setenta e sete) anos.
Portanto, Acabe MORREU por volta do ano 920 AEC (997 menos 77).
Veja 1 Reis 14,2l - 15,2,10 - 22,4l,42,52 (Antes da primeira vírgula, representa o capítulo; depois da primeira vírgula, representa (m) o (s) verso (s) ou versículo (s), segundo a TEB).

O Rei Acabe, de Israel, morreu em batalha com os sírios de Ben-Hadade. 
Muitos críticos insistem em relacionar a história de Israel e a da Assíria, no período de 911 a 649 AEC, com os registros assírios. 

Por exemplo, dizem que o Rei Acabe esteve na “batalha de Carcar", contra os assírios, em 853 AEC. Dizem que o “epônimo Bur-Sagale” ocorreu em 763 AEC, pois fora marcado por um eclipse solar ocorrido neste último ano. Com isso, querem dizer que alguém chamado “Bur-Sagale” vivera e fizera algo notável naquele ano.
Assim, esse feito seria lembrado como algo acontecido em 763 AEC. A comprovação seria dada pelo ECLIPSE, que também ocorreu no mesmo ano.

A batalha de Carcar, segundo eles, fora travada 90 (noventa) anos antes desse eclipse. Portanto, a partir de 763 AEC, contam 90 anos (ou epônimos) para trás, chegando a 853 AEC (763 + 90).
O referencial é o ECLIPSE.
Mas em outros anos também houve eclipses, como em 807 – 817 – 857, etc. Porém, decidiram por ou escolheram o de 763 AEC, pois segundo eles “desviar desse ANO causaria confusão”.

A batalha de Carcar foi entre os sírios contra os assírios e a nação de Israel era inimiga dos dois. Nessa condição, dificilmente se uniria aos sírios numa guerra.
Porém, entre os participantes dela, acharam um tal de “AHABU sirilai” ou “Acabe sirileu”, como WK diz na pág. 213 do seu livro.
Bastou o nome idêntico para os críticos dizerem, HOJE, que se trata do mesmo Rei Acabe, de Israel.
Contudo, os assírios NUNCA o tratavam de “Ahabu”, considerando que, quando se referiam a ele, chamavam-no de “Bit-Humri”, que significa “filho ou sucessor de Humri”.
Esse Humri era o Rei Onri (ou Omri ou Amri), pai de Acabe.

E o gozado é que, entre os participantes reais que estiveram naquela batalha, “acharam a expressão semita “Musri (ou Misr)”, que sempre se refere à nação do Egito”, pois esse nome deriva-se de MIZRaim, que deu origem aos egípcios.
No entanto, dizem que “é provável que ela NÃO se refira aos egípcios”.
Ora, se uma expressão (Mizr), usada como sempre foi, não se refere àquele povo, como é que outra expressão (Ahabu), usada como nunca foi, pode referir-se ao rei de Israel?
Parece que tentam fazer um “ajuste”.

Reis assírios
Pouco depois da morte de Acabe, Jeú tornou-se o rei de Israel.
Acharam uma inscrição dele pagando tributos ao Rei Salmaneser III.
Em vez de ser Jeú, poderia ser um enviado dele.
A Bíblia diz que alguns reis israelitas pagaram tributos aos assírios, mas não cita Jeú entre eles.
Sendo o Rei Jeú ou não, porém, nessa inscrição aparece a expressão “Bit-Humri”, que era, realmente, como os assírios se referiam aos reis de Israel, conforme o próprio WK concorda na pág. 220 do seu livro.

 
Judeus (ou Jeú?) pagando tributos ao rei assírio Salmaneser III

Que os assírios costumavam ALTERAR as suas inscrições, pode-se ver no fato de que o Rei Assurbanipal incluiu, como seus, os feitos militares do seu pai, que foi Ezar-Hadom (ou Asaradon).

D. D. Luckenbill diz que costumavam “relatar o que as suas vaidades REAIS mandavam”.

E quando Senaqueribe, filho de Sargão II, no tempo do profeta Isaías, sitiou a cidade de Jerusalém e garantiu que a conquistaria, de qualquer jeito, mas não conseguiu conquistá-la, ele deixou inscrições a respeito, ao modo deles.
Senaqueribe diz que “fez Ezequias, o judeu, pagar-lhe tributos... mantendo-o prisioneiro em sua gaiola (ou em sua cidade) real”, porém NÃO diz por que não conquistou a cidade.

Prisma de Senaqueribe, onde ele conta sobre Jerusalém

Já a Bíblia mostra os DOIS lados, confirmando que Ezequias pagou tributos a Senaqueribe. Porém, diz que ele só não conquistou Jerusalém, porque Deus fez com que, numa só noite, morressem 185.000 soldados seus, o que forçou a sua retirada.

Até meados dos “anos 1800” da Era Comum, o Rei Sargão II NÃO era conhecido fora da Bíblia.
Só o livro de Isaías referia-se a ele, no seu capítulo 20.
Por isso, os críticos achavam que a Bíblia estava ERRADA quanto à sua existência.
Já quanto a Senaqueribe, filho e sucessor de Sargão II, diziam que fora assassinado por UM filho seu, ao passo que a Bíblia dizia que foram DOIS filhos.
Por isso, novamente, os críticos diziam que ela estava errada (Isaías 37,38).
Hoje, porém, não restam mais dúvidas.
Foram obrigados a admitir, mais uma vez, que o relato BÍBLICO, nos dois casos,era muito mais certo.

Entretanto, não adiantam todas as evidências, que fazem a Bíblia mais confiável, pois tentam, de todas as formas, desmentir ou deturpar os seus relatos.
No caso desses dois reis acima citados (pai e filho), por exemplo, são personagens históricos.
Embora concordem com isso, dizem que Isaías, que testemunhou aqueles acontecimentos, NÂO viveu naquele tempo ou que, se viveu, NÃO foi ele quem escreveu a respeito deles, pois querem acreditar que Isaías não escreveu até o capítulo 37 (trinta e sete) do seu livro, que fala sobre Senaqueribe e Jerusalém.

E quanto à fidelidade dos registros assírios, dizem que os seus “ANAIS, (ou registros de ano em ano) eram mais fiéis do que os epônimos”, que são registros indefinidos, mais maleáveis, relacionando um nome com um acontecimento.
Todavia, quando há diferenças entre esses dois tipos de registros, com o registro anual mostrando uma data mais rigorosa e o “epônimo” mostrando uma data mais indefinida, preferem dizer que a época certa é a que consta neste último.
Quando isso acontece, dizem que o “ERRO está nos anais”.

Como poderia ser, SE os “anais”, conforme eles mesmos dizem, são registros mais fiéis?
Talvez seja por que os “epônimos”, sendo mais maleáveis, AJUSTAM-SE melhor na defesa de suas teorias, pois não precisam ter (e NÂO têm) o rigor exato de uma data determinada.





Crédito das Fotos: Postagens da Internet


LUZ do primeiro "dia".



Com relação ao surgimento da LUZ, no “primeiro dia”, que só foi vista na Terra, no “quarto dia”, também não há nada de errado.
Aquela narração dos acontecimentos foi feita para o entendimento dos humanos, que pisam no solo da Terra. Portanto, se existisse alguém por lá, no “primeiro dia”, embora tivesse alguma claridade, não poderia ver as fontes de luz ou os “luzeiros do quarto dia”, que são o Sol e a Lua e que causavam aquela “luz difusa”, que chegava até a superfície.
E não poderia ver, porque entre “o primeiro e o quarto dia” existia um impedimento na forma de nuvens espessas, entre a Terra e o Sol.

Isso é confirmado no livro de Jó, capítulo 38, onde Deus diz que a Terra no começo, “esteve envolvida por faixas de escuridão”. Por causa disso, embora alguma claridade atingisse o solo, não se via o Sol, olhando-se da superfície, tal como nos ocorre ainda hoje nos dias “encobertos por nuvens”.
O Sol está lá, produzindo a sua luz e, apesar de termos alguma claridade, NÃO podemos vê-lo.
Embora digam que o livro de Jó é uma “ficção, alegoria ou, ainda, apenas uma estória piedosa”, tanto essa afirmação da Terra primitiva envolta por nuvens como a real posição dela no espaço, parecendo estar “suspensa no vazio (ou sobre o nada), conforme Jó 26:7, pode ser comprovada pela Ciência.
Com a Terra primitiva ocorria algo parecido com o que ainda ocorre com o planeta Vênus, do nosso sistema solar, que também é envolto por nuvens que, de fora, pela visão natural, não permitem que se veja a sua superfície.
Quanto à posição da Terra no espaço, basta se ver as FOTOS tiradas pelos satélites artificiais ou da própria Lua, para se ver que é exatamente como a descrita por Jó.

Ela parece, mesmo, "estar suspensa no vazio ou sobre o nada" (Jó 26:7).
NINGUÉM (de fora da Bíblia), nem antes, nem depois dele (como o grego Aristóteles), afirmou isso de maneira tão clara.
Digno de nota é que o livro de Jó, conforme considerado por alguns, foi escrito por Moisés, pouco antes de sua morte. Partindo-se daquela data, por volta de 1470 AEC, vê-se que a posição correta da Terra no espaço foi descrita, exatamente, mais de MIL anos antes de Aristóteles e cerca de 3430 anos antes dos satélites artificiais (1957 EC) e do pouso na Lua (1969 EC).
Portanto, o que o livro diz nesse ponto não é ficção, como os críticos querem crer, mas um fato que a Ciência, a verdadeira ciência, pode comprovar.

Quanto ao surgimento da luz, algumas traduções bíblicas ajudam a esclarecer o ponto, traduzindo a ocorrência do “primeiro dia” como “luz difusa”, indicando ser uma claridade “espalhada”, tal como não se pudesse ver o seu foco central ou a FONTE que a produzia. 
Além disso, dizem que a luz foi surgindo “gradualmente” ou aos poucos.
Assim, na proporção em que aquele impedimento ou que aquela nuvem ia sendo retirada, a claridade ia se tornando maior. 
Até que, no “quarto dia”, aquilo foi retirado de vez. 
A partir daí, então, o Sol, a Lua e as estrelas ficaram VISÍVEIS.

Por isso, a palavra usada para “luz”, no quarto dia, indica a origem ou a fonte dela, pois a partir de então poderiam ser vistas desde o solo, se existisse alguém no planeta.
Mas o Sol e a Lua já existiam havia muito tempo, antes até daquele “primeiro dia” da preparação da Terra, tendo em vista que foram criados “No princípio”, com o resto do Universo.
Portanto, embora o Sol, a Lua e as estrelas já tivessem sido criados junto com o Universo, só ficaram visíveis, para alguém que se encontrasse na Terra, muito tempo depois, no “quarto dia criativo”.

A ordem da criação que a Bíblia mostra, também é comprovada pela Ciência de hoje. 
“Foram 10 (deis) etapas, em seqüência: 1) Princípio; 2) Terra primitiva; 3) A luz difusa; 4) Expansão atsmoférica; 5) Terra seca; 6) Plantas e vegetação; 7) Sol, Lua e estrelas visíveis; 8) Animais marinhos e Aves; 9) Animais domésticos e selvagens; 10) Homem (e mulher).”
Isso é o que consta em GÊNESIS e já estava escrito há milhares de anos.

Como o escritor bíblico soube disso? Puro acaso?
“As possibilidades matemáticas de se alistar as dez etapas, por acaso, são de ‘uma para 3.628.000’Seria a mesma coisa de se tirar, de olhos fechados e na seqüência, do número 1 ao 10, na primeira tentativa!”
O escritor bíblico não tinha condições de saber, com exatidão, tudo isso.
Alguém teria de ter lhe contado.
Embora digam que tudo foi fruto do acaso, pois querem acreditar nisso, não seria mais lógico que, conforme diz a Bíblia, tal ordem das coisas acontecidas lhe foi REVELADA por quem a criou?
Mesmo porque a exatidão não pára por aí. Ela aparece, também, em Astronomia, Medicina, História, Zoologia, etc.

Por outro lado, o da “evolução sem um projetista”, para não se alongar no assunto, basta citar o renomado astrônomo Fred Hoyle (falecido em 2001).
Ele disse que “... as possibilidades matemáticas de a vida surgir por acaso NÃO existem.”
Um cálculo simples, usado por Evolucionistas, comprova esse fato.
Diz que a possibilidade da vida surgir por acaso, se fosse representada por um número, seria representada pelo número 1 (um) seguido de 113 zeros.
Porém, diz que uma possibilidade representada pelo número 1 (um) seguido de 50 zeros, NUNCA se realiza.

Ora, se a segunda possibilidade, representada pela potência “dez elevado a cinqüenta”, que é um número bem menor, nunca se realiza, a primeira possibilidade, representada pela potência “dez elevado a cento e treze”, que é um número muito maior, não se realizará em hipótese alguma.
Então, é bom se repetir o que Fred Hoyle falou e ficou comprovado:
“... as possibilidades matemáticas de a vida surgir por acaso NÃO existem.”
Estes são alguns dados que podem ser confirmados pela Bíblia, pela Ciência e pela História.

No entanto, nem tudo fica assim tão claro, porque os dados podem ser confrontados, no máximo, com o conhecimento que os homens têm, até o dia de hoje. E mesmo o conhecimento que a Ciência tem, atualmente, NÃO é completo.
Muita coisa que consideravam certa alguns anos atrás, agora já não a consideram mais. A cada dia que passa, adquirem novos conceitos, que fazem com que revisem os conceitos que tinham antes sobre determinado assunto.
Tais são os casos que a Ciência, com o conhecimento de que dispõe até agora, pode considerar “absurdos”, como a “fotossíntese e a polinização das plantas”, na ocasião da criação.

Naturalmente, naquela época, elas poderiam ter acontecido de maneira diferente, que nem mesmo a Ciência de hoje conheça. É lógico também que o Criador NÃO iria explicar, nos mínimos detalhes, como criou tudo aquilo para os primeiros humanos, pois eles não teriam condições de entender. Seria a mesma coisa de se explicar um projeto atômico, complexo, a uma criança.
Assim, a própria sabedoria mostra que a explicação de como tudo foi criado teria de ser feita de um modo muito SIMPLES, como realmente foi, para que todos, em quaisquer épocas, pudessem entender.
De forma que muita coisa que nos parece impossível na realidade não o é, desde que tenhamos novos conhecimentos.

Por exemplo, aqui na Terra água e óleo não se misturam.
Sempre foi e ainda é assim.
Contudo, após a “conquista da Lua”, nas experiências espaciais, descobriram que no espaço, onde as condições são diferentes, eles se misturam. Portanto, as mesmas coisas agem ou reagem de modo diferente, quando estão numa condição planetária diferente. Na atsmofera da Terra, a mistura não se realiza, mas acima dela, com gravidade menor e outras condições, ela se torna real.
Os homens só descobriram isso, quando puderam fazer tais experiências, na nossa época.
O que até então eles consideravam IMPOSSÍVEL ou seja, a mistura da água e do óleo, na realidade NÃO o era.

Isso mostra que se pudéssemos “voltar” ao tempo da Criação, do Dilúvio, etc., veríamos que, naquelas condições planetárias DIFERENTES, poderiam mesmo ocorrer coisas diferentes.
Hoje em dia, nenhum ser humano, cientista ou não, pode dizer como aquelas coisas ocorreram exatamente.
E se não podemos provar, pela Ciência, os fatos relatados, também NÃO podemos desmenti-los.


Créditos:

Abraão e seus camelos



Abraão e Sodoma e Gomorra

Dos anos 1800 para cá, os “críticos” tentaram (e ainda tentam) DESCONSTRUIR Deus e a Bíblia.
Começaram a INVENTAR que os seus personagens NÃO haviam existido e que a Bíblia NÃO era digna de crédito.
Por exemplo, começaram a dizer que: 

# Os patriarcas Abraão e Isaac e as cidades de Sodoma e Gomorra NÃO tinham existido, porque NÃO se falava deles, fora da Bíblia.

Por volta de 1930, em Nuzi, na antiga Mesopotâmia, ACHARAM inscrições com os nomes dos patriarcas, mas disseram que a dúvida continua, pois elas “poderiam não se referir a eles”, considerando que já tinham sido achados "muitos nomes idênticos, em vários lugares"(WK – fls. 62-63).

Por volta de 1975, acharam as “tabuinhas de EBLA”, na Síria.

Ruínas de Ebla, na Síria

 
Uma tabuinha de Ebla

Nelas“são mencionados tanto os nomes dos patriarcas como os daquelas cidades”.
Depois disso, ainda dizem que os nomes poderiam NÃO se referir a eles, tendo em vista que foram descobertos na terra de seus parentes, longe de onde o patriarca viveu, e muito longe de onde se situavam Sodoma e Gomorra. (WK – fls. 88)

Portanto, se acham o nome de Abrão num local próximo de onde ele veio, na antiga Mesopotâmia, dizem que NÃO se refere a ele, pois existiam outros com o mesmo nome.
Se acham referências de outra cidade, que ficava longe de onde viviam, NÃO poderia se referir a ela, "pois era muito distante".
Assim, achados de um local próximo de sua origem NÃO serve de apoio para a sua historicidade e os achados na terra dos parentes dele, por ser LONGE daquelas cidades, também NÃO servem  para comprovar a existência delas.
Portanto, sejam descobertas de perto ou de longe, "nada fica comprovado".

Em que local precisaria ser ACHADO algo deles para tais críticos se convencerem?
Mesmo porque foi em Ebla, na Síria, que acharam os nomes de Abrão, de seus parentes e de Sodoma e Gomorra.
E a Síria atual é parte da antiga região de ARAM, terra dos parentes de Abraão e de seu filho Isaac, que foi casado, inclusive, com uma sua prima síria

Embora as cidades de Sodoma e Gomorra ficassem “na outra ponta do mapa de Israel”, longe da Síria, o sobrinho de Abrão, chamado Lot, viveu lá.
Inclusive, quando a cidade foi atacada e vencida, Lot foi feito prisioneiro. Nessa ocasião, o próprio Abraão e seus amigos foram atrás dele e o libertaram daqueles reis, que o tinham capturado, conforme é visto em Gênesis 14.

Portanto, é só NATURAL que os parentes de Abraão, que moravam na Síria, CONHECESSEM, de sobra, os nomes das cidades de Sodoma e Gomorra, que ficavam muito longe de onde residiam.

Camelos de Abraão

# Diziam que Abrão NÃO esteve no Egito e que os camelos também não eram domesticados, naquele tempo.

Na gravura de Khnumhotep II, um comandante que dizem ter vivido no tempo do faraó Sesóstris II, nos anos 1900 AEC, são mostradas mais de 30 (trinta) pessoas caracterizadas como hebreus (ou como gentesemita que vivia por aquelas redondezas).
Fica claro o nome hebraico “Abisai” (uns novecentos anos depois, no tempo do Rei Davi, um irmão de Joabe também teria esse nome, como mostra I Samuel 26:6).
A gravura mostra que aquelas pessoas seriam semitas, do tempo em que Abraão viveu.
A data do registro e as aparências delas batem com aquela época.
Portanto, confirmaria que, naqueles anos, semitas entravam e saíam do Egito, como poderia ter acontecido com Abrão.
Ele era hebreu e esteve por lá. 
Mas a Bíblia diz que, naqueles dias, ele já tinha camelos, etc., e tais animais NÃO apareciam naquele  desenho egípcio (Gênesis 12:14-16).

 
Parte da Gravura de Khnumhotep II com semitas (de pele mais clara)

Naquela gravura, como visto acima, só aparecem  jumentos e cabras.
Assim, porque nela NÃO constam camelos, aproveitam para dizer que essa história dele ter andado pelo Egito poderia ser um erro.
Abraão poderia nem ter existido naquele tempo.
Muito menos os seus camelos, pois esses animais só teriam sido domesticados dali a uns novecentos anos (lá pelo tempo do rei Davi).

Dessa forma, os críticos insinuam que a Bíblia MENTE quando fala na existência histórica de Abrão e, principalmente, quando fala dos seuscamelos, uma vez que tais animais NUNCA constaram nos registros egípcios (WK fls. 86).

No entanto, segundo o arqueólogo Randall Younker, foi achada “uma representação de um camelo ajoelhado, feita em ouro, datada de 2050 AEC” (ou na época do pai de Abrão).
Onde foi achada?
Nas escavações de UR, na Mesopotâmia.
“Por coincidência”, é a mesma cidade onde Abrão morou, segundo a Bíblia (Gênesis 11:28).
Foi de lá que ele partiu, quando foi para Harã.

Diante disso, os que não querem aceitá-lo como personagem histórico, dizem:
“Investigações sérias (sic) e, sobretudo, as tais escavações demonstraram, quase com certeza, que Abraão NÃO poderia ter sido, em tempo algum, cidadão de Ur. Isso contraria inteiramente a imagem que o Antigo Testamento nos transmitiu sobre o patriarca, onde ele vive na sua tenda e segue com seus rebanhos de pastagem a pastagem. Não vive como habitante de uma grande cidade. Leva a vida típica dos nômades!” (WK fls. 38).

Depois de Ur, Abrão foi para Harã.
Daí, após a morte de seu pai, foi para Canaã (Gênesis 12:1-5).
Harã e Mari eram cidades próximas uma da outra. Ambas pertenciam ao Reino de Mari, segundo os historiadores.
“Por coincidência”, o arqueólogo André Parrot também "achou OSSOS de camelo, que alguns consideraram como sendo de 1500 AEC e outros consideraram como sendo de além de 2000 AEC".Onde foram achados?
Nas escavações de Mari, cidade próxima de Harã, onde Abrão viveu.

E o gozado é que os próprios críticos NÃO aceitam, agora, que Abrão tenha morado em Ur. Mas aceitam que ele tenha vivido em Harã, próximo da cidade de Mari.
E nessas duas cidades, tanto em Ur como na região de Harã, ficoucomprovada a existência e/ou a domesticação dos camelos.

Assim, eles ficam sem saída.
Tentaram resolver o ridículo de suas afirmações, MUDANDO o local da morada dele.
Como acharam camelos em Ur, começaram a falar que Abrão não tinha vivido por lá e sim em Harã. Mas, nessa última região, também acharam.
Dessa forma, o “tiro lhes saiu pela culatra”.
Parece que as suas "investigações sérias" não são tão sérias assim.
Se não quiserem aceitar os CAMELOS de Abrão, precisarão inventar um outro local, sem esses animais, para a morada do patriarca hebreu.

Hoje se prova, portanto, que nas principais regiões da Mesopotâmia e em outras, por onde Abrão passou e morou, os camelos eram usados, tanto antes como depois de sua época.
Isso é confirmado, também, por Kenneth A. Kitchen, um orientalista renomado mundialmente.
Inclusive em Assuã, no Egito, dizem ter encontrado um desenho, datado de 2300 AEC, de “um homem puxando um camelo por uma corda”.
Em Byblos, acharam a “figura de um camelo ajoelhado”, datada de 1800-1900 AEC.
Em Nippur, acharam “um texto sumeriano sobre o leite de camela”, datado de 2000 AEC.
No entanto, os críticos continuam dizendo que os camelos só foram domesticados e usados no tempo do Rei Davi, cerca de MIL anos depois do nascimento de Abrão!
E ainda dizem que fazem “investigações sérias”!

Desenho de um viajante árabe em camelo

Hurritas - Costumes semelhantes

# Diziam que, com o achado da civilização "hurrita", nas escavações da cidade de Nuzi, “os costumes de Abrão ficaram COMPROVADOS”.
Por outro lado, como os "hurritas" viveram por volta de 1500 AEC, isso mostraria que “ele teria vivido nessa data e não antes.” 

Descobriram que “esse povo tinha uns regulamentos e costumes SEMELHANTES aos do patriarca, como no caso dos terafins, falta de herdeiros, compra de sepultura, etc.”
Mas isso não teria nenhum problema.
Seria apenas lógico, pois tanto Abrão como eles eram da Mesopotâmia.
Eles e seus pais viveram numa mesma região.
Seria natural que tivessem muitos costumes iguais (ou SEMELHANTES).
No entanto, os críticos acham que, embora tais costumes CONFIRMEM alguns regulamentos a que Abrão e seus descendentes se submetiam, também lança dúvida sobre a DATA em que ele viveu.

Aquele povo hurrita viveu em 1500 AEC (segundo eles).
Ficou PROVADO, então, que nessa data tinham aqueles regulamentos. Portanto, tais costumes e regulamentos existiam naquela época.
SE Abraão tinha o mesmo modo de vida, segundo eles, deveria ter vivido, também, naquele período. Contudo, não usam isso como uma simples hipótese.
O que querem, na realidade, é lançar dúvidas sobre a existência de Abrão.
Ora, se ele viveu em 1500 AEC, dizem, não poderia ter vivido alguns séculos atrás!

Eis o que falaram a respeito: “... (embora tais costumes concordem com o relato bíblico) já que os patriarcas adotavam as praxes jurídicas dos hurritas, datando do século XV a.C, poderiam eles então ter vivido nos séculos XVIII até o XX antes da era cristã? ... Ou será que devemos ir em sua busca, vários séculos mais tarde, no reino de Mitâni (em 1500 AEC)?” (WK fls. 63).

Insinuam, de modo claro, que a Bíblia está certa ao relatar aquele modo de vida, mas errada, quando diz que os patriarcas viveram nos anos 1700-1900 AEC.
Insinuam que eles teriam vivido em 1500 AEC.

Se esquecem, porque querem, que aqueles costumes semelhantes já poderiam existir há centenas de anos. Não é por que os descobriram depois de Abrão, que mostra a existência deles somente a partir da data em que os “hurritas” viveram.
Tais costumes já poderiam ser praticados, até, antes mesmo de 1900 AEC (ou antes do tempo em que Abraão viveu).
Isso não é novidade.
Nos acontece ainda atualmente, com as nossas próprias Leis e regulamentos.
Embora os respeitemos até o dia de hoje, os pontos principais deles, como “não matar, não roubar, etc.”, já existem por milhares de anos.

No Brasil, os descendentes das "raças" que vieram para cá os respeitam desde a sua “descoberta” em 1500. Os "brasileiros" (que vieram de fora), portanto, só começaram a guardá-los ou respeitá-los a partir daquela data.
Hoje, se fizerem descobertas a respeito desses costumes que tinham no Brasil daquela época, veriam que, em 1500, guardavam aqueles regulamentos.
Mas eles NÃO começaram a vigorar apenas daquela época até hoje.
Já vigoravam muito tempo antes, em todas as civilizações, há milhares de anos, muito tempo antes de tais "brasileiros" existirem.

Como já visto, então, o fato de algum povo guardar ou observar certo regulamento numa determinada época, NUNCA quis dizer que aquele regulamento só começou a vigorar naqueles dias em que tal povo viveu.
Poderia estar vigorando muito tempo antes dele.
De qualquer forma, mais uma vez, o achado comprovou o que as Escrituras diziam, pois antes de descobrirem os “hurritas”, tais costumes só eram CONHECIDOS pela narração bíblica.

Abisai e Hurritas - MANIPULAÇÃO dos críticos

Esses achados, dos nomes de Abisai e do povo hurrita, mostram como os críticos MANIPULAM os dados. Foram encontrados dois nomes (Abisai) e dois regulamentos semelhantes (Abrão e hurritas), mas de épocas diferentes.
Veja que tipo de raciocínio absurdo os críticos usam, para "ajustar" tais dados às suas conveniências. No caso de Khnumhotep, naquela gravura egípcia dos anos 1900 AEC, aparece o nome hebraico “Abisai”.
Todos concordam que se trata de um SEMITA, pois é nome judeu.
Uns novecentos anos depois, no tempo do Rei Davi, a Bíblia DESCOBRE “outro Abisai”, que era irmão de Joabe (I Samuel 26:6).
Pode-se considerar as Escrituras como uma fonte mais confiável, do mesmo modo que os críticos consideraram as escavações como fontes mais seguras.
Considerando-as dessa forma, só ficou PROVADA a existência bíblica do nome Abisai muito tempo depois.

Assim, pelo RACIOCÍNIO que os críticos usaram na comparação entre Abraão e os hurritas, aquele Abisai da gravura egípcia (que tinha existido antes) só teria vivido no tempo do Rei Davi, pois somente nessa época (séculos depois dos seus dias) haviam COMPROVADO nas Escrituras a existência de tal nome.
Ora, Abrão e os hurritas tinham os mesmos regulamentos e os hurritas viveram em 1500 AEC. Então, Abrão teria vivido nessa data também, pois deveria prevalecer a prova mais recente (segundo as escavações).
O Abisai da gravura egípcia e o irmão de Joabe tinham os mesmos nomes e o último Abisai viveu por volta de 1050 AEC. Então, aquele da gravura egípcia teria vivido nessa data também, pois deveria prevalecer a prova mais recente (segundo a Bíblia).

Esse raciocínio parece “investigação séria”?
No entanto, é o que tais críticos usam na contestação da historicidade da Bíblia.
Portanto, uma investigação séria, mas séria mesma, mostra que um nome ou um costume semelhante, que dizem respeito a DUAS épocas diferentes, devem ser analisados à parte.

Os DOIS registros poderão ser confiáveis, cada qual na sua época.
Não tem cabimento deturpá-los, "ajustando-os" para que se amoldem naquilo em que se quer acreditar.




Crédito das fotos e do desenho: Postagens da Internet