sábado, 5 de setembro de 2015

Guerras justas de Israel?



Nos últimos dias de 2008, o mundo ficou (e continua) CHOCADO com o ataque de Israel na "faixa de Gaza". 
Muitos israelenses se apóiam no Velho Testamento para justificar a sua “posse” da terra em que vivem atualmente e, também, para “justificar a guerra ou as mortes que causam”. 
Alguns acham, até, que o Deus de Israel, nos escritos hebraicos, é um “Deus de guerra”.  
São relatados muitos casos de guerras e de outras mortes, com a participação de Deus. 
Portanto, por essa comparação (bem infeliz), se sentem justificados.

Mas Deus NÃO mudou.
Ele sempre foi o mesmo e foi pela PAZ, pois foi no tempo de Abraão, quando os judeus NÃO existiam ainda, que Deus avisou-o que um descendente carnal dele, seria a SALVAÇÃO de todos na humanidade (Gênesis 22:18).
Aquele "descendente" de Abraão revelou-se em Jesus Cristo, como Paulo disse, em Gálatas 3:28,29.

Assim, na "tomada da terra", foi permitido que se fizesse aquelas GUERRAS, pois elas foram o meio da execução que Deus faria sobre os "amorreus ou cananeus" (Gênesis 15:13-15).
Porém, NÃO seria sempre assim.
O próprio Moisés avisou-lhes que, no FUTURO, viria um OUTRO profeta, semelhante a ele, a quem os judeus teriam de ouvir (Deuteronômio 18:18,19).

Portanto, no futuro, quando viesse aquele NOVO profeta, que substituiria Moisés, seria diferente.
O apóstolo Pedro disse que aquele "novo profeta", a quem Moisés se referiu, CUMPRIU-SE em Jesus (Atos 3:22,23).  

Os judeus sabiam, portanto, que as coisas mudariam. 
Porém, e se fossem avisados e NÃO entendessem? 
Justificaria que continuassem com a forma de adoração que tinham antes?  
O ponto principal, então, seria ENTENDER a mudança ocorrida.
Grosso modo, seria comparável aos sistemas de governos atuais. 
Se viviam num sistema Monarquista e, depois, passassem a viver num sistema Presidencialista, democrático, muitas coisas mudariam na condução de suas vidas.  
O que valeu antes, poderia não valer depois
Mudou o estilo de governo. 
Os direitos e deveres dos cidadãos continuariam, mas mudaria a forma de observá-los ou de segui-los.  É mais ou menos o que aconteceu em Israel.  

Já no exílio de Babilônia (mais ou menos 600 a.C.), Jeremias 31:31-33 diz que “... Deus faria um NOVO concerto... e que escreveria a Sua Lei no interior ou no coração dos israelitas  (a Lei não mais seria escrita no papel, como a de Moisés)”.  
Para quando seria isso? Quando tal mudança seria aplicada?
Os judeus tinham dificuldade de entender.

Tanto que Jesus veio, em carne e osso, fez a sua obra no meio deles e NÃO o reconheceram, exatamente como Isaías 6:9,10 havia previsto e como Mateus 13:13-15 mostra.  

Tão acostumados estavam com o seu modo de vida, que a maioria considerava “aprovado por Deus”, que não perceberam que as ALTERAÇÕES seriam aplicadas com a primeira vinda de Cristo.
NÃO entenderam aquela "primeira vinda" de Jesus e parece que continuam NÃO entendendo a sua "segunda vinda", ou a sua VOLTA (veja mais detalhes no "post" de  GOGUE..).

Depois da morte de Cristo, Hebreus 8:7-13 explica de um modo bem claro:
“SE aquele concerto ou pacto anterior (mediado por Moisés) tivesse dado certo, Deus não procuraria fazer um NOVO (mediado por Jesus)”. 
Não é evidente?  
SE o concerto anterior funcionasse, não se precisaria fazer um concerto novo.  
Então, como o pacto anterior não funcionou, seriam necessárias ALTERAÇÕES no trato entre Deus e Israel.  

Essas alterações foram introduzidas por Cristo.  
E Jesus foi bem claro, quando disse aos judeus:  
“Ouvistes o que foi dito: olho por olho e dente por dente. EU porém vos digo que não resistais ao mal... Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiará o teu inimigo. EU porém vos digo: Amai a vossos inimigos... fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam... sede perfeitos como vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:38-48).  
Assim, Jesus citou o Deus de Israel, que continuava “no céu”.  
Jesus disse que “apenas repetia o que tinha ouvido Dele” (João 8:26-28). 

Parece claro, portanto, que a adoração a Deus que os judeus tinham se UNIFICARIA com os ensinos deixados por Cristo (Gálatas 3:28,29 - Atos 15:14).  

A partir de Jesus, a adoração a Deus seria feita do mesmo modo, para todas as nações (Atos 10:34,35 - Gálatas 3:28,29).  
Não há como se justificar uma ação de guerra, usando-se apenas o Velho Testamento. 
Ela NÃO se justificaria pelo Novo Testamento.  
As duas partes estão relacionadas e se completam.  

Tanto que o apóstolo Paulo, que antes de se converter entendia e seguia corretamente a “Lei de Moisés” (Filipenses 3:4-8) e que, como fariseu, chegou a “participar na morte dos primitivos cristãos” (Atos 8:1), deixou bem claro, depois que se tornou cristão, que uma morte ou uma guerra carnal “NÃO se justificava mais” (2 Coríntios 10:3-6).
Até a sua conversão, Paulo tinha usado, apenas, o Velho Testamento. 
O "novo" ainda estava sendo escrito. 
Mas os apóstolos e discípulos viram que, a partir de Cristo, de acordo com o que eles próprios ensinavam, as atitudes cristãs seriam outras. Assim, se reuniram e determinaram como seria feita a adoração a Deus, dali para a frente (Atos 15:23-28).  

O apóstolo Paulo, por exemplo, por usar apenas o Velho Testamento, chegou a participar da morte de Estevão. 
No entanto, NUNCA teria feito isso se já tivesse a genuína fé cristã (Mateus 5:38-48).
Portanto, depois de verificar a besteira que havia feito, ele sabia que, para seguirem a Deus corretamente, os cristãos NÃO poderiam usar, apenas, os escritos hebraicos, mas teriam de usá-los em CONJUNTO com os escritos gregos, que os apóstolos e discípulos, inclusive ele, estavam escrevendo naquela época e que, no futuro, seriam incluídos na Bíblia (2 Pedro 3:15,16).

Ele fez questão de dizer: "TODA a Escritura é proveitosa para ensinar e corrigir..." (2 Timóteo 3:16) 
Não há como se escapar disso.  
Toda a Escritura” engloba tanto os escritos hebraicos como os escritos gregos.  
Numa Bíblia completa, reunindo os dois “testamentos”, NÃO há como justificar uma matança. 
Nem do lado de Israel nem do lado da Palestina (e de nenhum outro lado).


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